01/04/2009

Esporte Clube Siderúrgica - Sabará/MG

SIDERÚRGICA


Nome: Esporte Clube Siderúrgica
Data fundação: 31/05/1930
Cidade: Sabará/MG
Estádio: Eli SEABRA Pinto
Cores: Azul e Branco
Mascote: Tartaruga

Títulos:
Campeão Mineiro em 1937 e 1964
Vice-campeão Mineiro em 1941, 1952, 1953 e 1957
Campeão do Torneio Início em 1942, 1951, 1956 e 1965

História

” Não tem, não tem.
Não tem pro galo, nem raposa, nem leão.
Este ano o negócio só vai bemprá Tartaruga do Napoleão.
A tartaruga anda devagare neste passo comanda o pelotão,
ninguém consegue acompanhara Tartaruga do Napoleão.
Não tem, não tem.”

Com essa simpática marchinha, a torcida de um dos mais folclóricos times de nosso país comemorava suas grandes vitórias, que transformaram um mero participante do Campeonato Mineiro, em um time temido e respeitado por toda Minas Gerais. Suas exibições de gala são recordadas até os dias de hoje, com carinho, pelos mais velhos habitantes de Sabará, cidade histórica de Minas.

Fundado no dia 31 de maio de 1930, por iniciativa de funcionários da Usina Siderúrgica Belgo-Mineira, o Esporte Clube Siderúrgica foi um exemplo de responsabilidade social em seu tempo, pois oferecia, através da Belgo Mineira, uma garantia de aprendizado de uma outra profissão, com a possibilidade, quando encerrava-se a carreira futebolística, do jogador trabalhar no ramo siderúrgico.

A primeira partida do clube aconteceu em 17 de agosto de 1930, no campo do Alves Nogueira Foot Ball Club, atual PRAESA, quando o Siderúrgica perdeu para o rival, mais antigo e participante dos campeonatos mineiros de então. O primeiro presidente foi Felicio Roberto e o primeiro campo de futebol foi construído com o patrocínio da Belgo, em terreno doado pelo Recreio Club Siderúrgica. O famoso estádio da Praia do Ó foi palco de memoráveis embates da simpática “Tartaruga”.

Em 1931, filiou-se a Liga Mineira de Desportos Terrestres e disputou seu primeiro torneio oficial, conquistando o título de Campeão da 2ª Divisão de Amadores. Em 1933, fez sua primeira partida como profissional, vencendo o Palestra Itália, atual Cruzeiro, pelo placar de 2 a 1.

Em 1937 conquistou o título estadual em cima do Villa Nova, vencendo um jogo desempate. Carazo, ex-Palestra (Cruzeiro), perdeu um pênalti que poderia ter mudado o curso da histórica decisão, segundo os torcedores do Villa. O Siderúrgica teve ainda o artilheiro da competição, Arlindo, com 10 gols. Após belas participações nas décadas seguintes, quando conquistou quatro vice-campeonatos e dezenas de vitórias contra os rivais de Belo Horizonte, o clube conseguiu o título mineiro de 1964.

O título de 1964

Em 13 de dezembro de 1964, a Tartaruga, animal escolhido pelo cartunista Mangabeira para simbolizar o time de Sabará, protagonizou o capítulo final de uma fase romântica no futebol mineiro, ao conquistar o último título estadual antes da inauguração do Mineirão. No Estádio Otacílio Negrão de Lima, a Alameda (hoje, um supermercado), o time comandado por Dorival Knipell, o Yustrich, venceu o anfitrião América por 3 a 1 e deu início à festa na cidade histórica, dsitante apenas 25 km de Belo Horizonte. O time campeão formou com Djair, Geraldinho, Chiquito, Ze Luiz e Dawson Laviolla; Edson e Paulista; Ernani, Silvestre, Noventa (Aldeir) e Tião Cavadinha. Ninguém sabia então, mas esse foi o canto de cisne do clube sabarense.

Na heróica campanha da Tartagura em 64, houve apenas uma derrota, por 1 a 0, para o Cruzeiro, no Barro Preto, com um gol de Tostão (então com apenas 17 anos), contestado pelos jogadores e dirigentes do Siderúrgica, pois o jovem craque celeste estaria impedido.

1965, um bom ano ano para o Siderúrgica

Em 1965, já na era Mineirão, o Siderúrgica conseguiu a terceira colocação no Estadual, atrás de Cruzeiro e América e à frente do Atlético Mineiro, utilizando a mesma base que conquistara o título de 64. Aliás, como campeão mineiro em 1964, coube ao Siderúrgica a honra de representar Minas Gerais na Taça Brasil de 1965, disputando o primeiro jogo oficial da história do recém inaugurado Mineirão. No dia 29 de setembro de 1965, 24 dias após a inauguração do estádio, o Siderúrgica recebeu o Atlético-GO, no estádio da Pampulha, no jogo de volta da decisão da Zona Centro e venceu por 3 a 1, seguindo adiante na competição, quando perdeu para o Grêmio.

O declínio

Mas já em 1966, em penúltimo lugar no campeonato mineiro, acompanhou o lanterna Renascença, da capital, no rebaixamento e em 1967, com o fim do apoio financeiro da Belgo-Mineira, o clube extinguiu o seu departamento de futebol profissional. Foi o mesmo triste caminho de outros tradicionais times da época, como Metalusina (Barão de Cocais), Asas (Lagoa Santa), Meridional (Conselheiro Lafaiete) e Bela Vista (Sete Lagoas).




A volta frustrada

Depois de 26 anos desativado, voltou a disputar, em 1993 e 1997, o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, mas sem o mesmo sucesso do passado.

Os grandes jogadores:

Michel Spadano - Centroavante campeão mineiro em 1937.

Tião - Sebastião Rocha, ex-ponta-esquerda, foi campeão mineiro em 1964 pelo Siderúrgica. Também ganhou o Rio-São Paulo de 1966 com o Vasco e fez parte do time do Galo campeão brasileiro de 71 sob o comando de Telê Santana. Foi assassinado no Rio de Janeiro em 1984.

Djair - Com apenas 1,68m de altura, ele foi um dos grandes goleiros de Minas no começo dos anos 60. Foi o goleiro do time campeão de 1964.

Paulinho (Paulo Florêncio)

Do Siderúrgica para a Seleção Brasileira - Uma história desconhecida por muitos, mas que é confirmada pelos arquivos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Hoje (abril/2009), aos 88 anos, Paulinho – como era e ainda é chamado por muitos-, se lembra daquele momento, na década de 40, quando era titular absoluto do Esporte Clube Siderúrgica, de Sabará. Foi, exatamente, em 1942.

Era para a disputa do Campeonato Sul-Americano de seleções, hoje Copa América, no Uruguai. No grupo de jogadores convocados pelo técnico Ademar Pimenta estavam craques como Domingos da Guia e Zizinho. E também Paulo Florêncio, mineiro de Itabirito, que nunca havia atuado diante do então treinador da Seleção.


O convite para integrar a delegação no Sul-Americano foi obra do ex-jogador Arthur Friedenreich, o Fried, espécie de “olheiro” da Confederação Brasielira de Desportos (hoje, CBF) naquela época. As jogadas de Paulinho com a camisa do Siderúrgica encantavam. E os elogios às boas atuações acabaram chegando aos ouvidos de Ademar Pimenta, técnico da Seleção Brasileira na época. “ O “Fried” tinha me visto jogar uma vez, Foi no jogo entre as Seleções Mineira e do Sul do Brasil. Quando encontrou com o Ademar Pimenta, perguntou: “Você quer um novo meia-esquerda para a seleção? Então vá a Minas e busca o Paulinho”. E eu acabei convocado”, lembra o ex-jogador.


Curiosidades:

  • O Siderúrgica sofreu o primeiro gol marcado pelo Cruzeiro (então Palestra) na história dos campeonatos mineiros. Apesar do gol de Piorra o Siderúrgica venceu por 2x1, em jogo disputado em Sabará.

    No título de 1964, houve um jogo histórico com o Atlético, no Estádio Independência. Reza a lenda que o atacante Noventa, artilheiro do time, contundiu o braço na metade do segundo tempo, quando o Siderúrgica vencia por 2x1. À época, os times só podiam fazer alterações até os 44min do primeiro tempo. Ele saiu de campo, aparentemente, para não voltar. O lendário treinador Yustrich teve um ataque histérico, pegou o jogador pelo braço e o obrigou a disputar os 20 minutos finais, com o braço na tipóia. Ainda assim, Noventa fez o terceiro gol. No fim vitória do “Esquadrão de Ferro” por 3 a 1.

    A história mostra que, se não chegou a ameaçar a hegemonia dos grandes da capital, pelo menos o Siderúrgica foi um grande respeitado adversário. Em 122 jogos contra o Atlético Mineiro, a equipe de Sabará venceu 32, empatou 14 e perdeu 76, marcando 170 gols e sofrendo 271.

Uniforme
















Uniforme n° 1

















Uniforme n° 2


Fontes:
Blog História do Futebol -
http://blog.soccerlogos.com.br
Jornal Hoje em Dia

7 comentários:

  1. este time devia voltar ao profissionalismo a prefeitura de sabara deveria ter esse compromisso.

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  2. Hoje o melhor time de sabara ..
    de wender bairro mangueras

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  3. saudades dawson laviolla

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  4. saudades em que todos os domingos estava em sabara com amigos para jogar purrinha.

    abraço a todos tafarel

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  5. dawson saudades em que todos os domingos estava em sabara com amigos para jogar purrinha.

    abraço a todos tafarel

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  6. Como q a prefeitura e belgo deixam uma historia dessas acabar esse time deveria ter incentivo da prefeitura e empresas p voltar a brilhar.um abraço!

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  7. Ruy W. Santos10/10/2011, 22:18

    Tive a honra de jogar nas categorias de base deste ilustre time. foi no ano de 1980 e creio estar com meu nome nos registros do clube como atleta. Bons Tempos...

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