11/04/2014

Cruzeiro – Cachoeirinha/RS



Cidade de Cachoeirinha
Nome: Cruzeiro
Nome oficial: Esporte Clube Cruzeiro
Apelidos: Leão da Montanha; Estrelado
Cores: Azul e branco
Mascote: Leão da Montanha
Fundação: 14 de Julho de 1913
Torcedor: Cruzeirista
Estádio: Estrelão (5000 torcedores)

Endereço Secretaria: Rua Amapá, nº 564
Bairro: Ponta Porã
TEL: (51)3041-5220
Cidade: Cachoeirinha/RS (integra a Região Metropolitana de Porto Alegre/RS)

Localização:


Site: http://www.cruzeiropoa.com.br/
e-mail: contato@cruzeiropoa.com.br

História:

(Atualizado até 2013)

 

O estrelado
Fundado no dia 14 de julho de 1913, o Esporte Clube Cruzeiro despontou durante décadas como a terceira força do futebol gaúcho. Considerado um dos clubes mais simpáticos da Capital gaúcha, o Cruzeiro destacou-se sobremaneira na prática do esporte amador, principalmente no basquete e no atletismo.

Campeão em 1918, 1921 e 1929, o Esporte Clube Cruzeiro desfrutou sempre de elevado conceito, sendo por isso mesmo considerado pela dupla Gre-Nal como um dos seus adversários mais perigosos.

Além de ser reconhecido durante décadas como a terceira força esportiva do Estado, o Cruzeiro sempre se caracterizou por crescer contra os clube grandes, tornando-se para estes um adversário temido e respeitado. Sua história está ligada à própria vida do futebol no Rio Grande do Sul.

Ao longo de seus quase 100 anos de existência, sempre despontou como um pioneiro. Assim foi em 1914, quando criou as categorias inferiores (infanto-juvenil e juvenil), os filhotes. E não demorou muito tempo para sugerir à presidência da Liga de Futebol Porto-alegrense que fosse organizado um campeonato só para meninos, lançando a idéia de que fosse organizado um campeonato só para meninos lançando a idéia de que fosse fundada a Liga Infantil de Futebol.

Foi também o Cruzeiro que em 1917 propôs que fosse regulamentada a entrada de jogadores estrangeiros nos clubes gaúchos, a exemplo do que já ocorria em São Paulo e Buenos Aires. Mais tarde, na temporada de 1945, tornou-se o primeiro clube gaúcho a contratar um técnico estrangeiro, o húngaro Emeric Hirchl, que trouxe consigo a famosa dupla Flamini e Lombardini.

Na década de 40, o Cruzeiro formou grande equipes e conquistou títulos importantes, como a Taça Cidade de Porto Alegre, em triangular com a dupla Gre-Nal nos anos de 1943 e 1947, o Campeonato Extra da Cidade de 1943,o Torneio Início no mesmo ano e os vice-campeonatos da cidade em 1942, 45 e 47. 

Em 1941, o clube assinalava mais um grande feito ao inaugurar o Estádio da Montanha, considerado na época como um dos mais completos e modernos do País. Com a inauguração do novo estádio, na “Colina melancólica”, o Cruzeiro foi tomando vulto, foi se engrandecendo a aumentando ainda mais a sua galeria de glórias.

Este espírito pioneiro se fez sentir também em 1953, quando fez a sua primeira excursão à Europa, Ásia e Oriente Médio, tornando-se o primeiro clube fora do eixo Rio-São Paulo, a viajar tão longe. Além de um saldo positivo de vitórias, trouxeram na bagagem um grande feito: o de terem empatado com o Real Madri, na época penta campeão europeu e considerado o melhor time do mundo, em seu próprio estádio.

A excursão serviu para consolidar o seu prestígio no estrangeiro, prova disso é que em 1960 o Cruzeiro voltava à Europa para uma nova gira. Pelo êxito, esta excursão não ficou nada a dever à primeira e, na volta, os estrelados traziam para o Brasil o título de Campeões do Torneio de Páscoa de Berlim, considerado um dos mais importantes da época.. Basta dizer, que afora o Cruzeiro, apenas um clube estrangeiro conseguiu tira-los dos alemães. Este clube foi justamente o Real Madri.

Mas o time alvi-azul brilhou também na Argentina, em 1961, quando após exitosa campanha trazia para o Brasil o título de Campeão do 1° Torneio Internacional de Páscoa de Mar Del Plata. Em 1968, o Cruzeiro chegou em terceiro lugar no Campeonato Gaúcho e disputou a sua primeira competição nacional, o Torneio Centro-Oeste. Em 1970, o Cruzeiro conquistou a Copa Governador do Estado, derrotando clubes tradicionais do RS, como Novo Hamburgo, Caxias e São José.

Mas, as glórias do chamado Clube dos 18 não se limitaram apenas ao futebol, já que o Cruzeiro despontou durante décadas como a maior força do atletismo gaúcho, além de se destacar sobremaneira na prática do voleibol e principalmente do basquete, onde despontou como o maior clube do Rio Grande do Sul, alcançando, inclusive o título de hexacampeão gaúcho. No basquete, o Cruzeiro foi o primeiro clube gaúcho a disputar a Taça Brasil da modalidade, tendo disputado em quatro oportunidades o campeonato nacional da modalidade.

Ainda na área do futebol, que tanto lhe deve e ao qual muito contribuiu ao longo de sua existência, o Cruzeiro,que havia conquistado os títulos da cidade de 1918 e 1921 e de campeão estadual em 1929, com um time formado na quase totalidade por alunos universitários e estudantes da Escola Militar de Porto Alegre, sagrou-se também o grande Campeão da Taça Farroupilha, certame realizado para assinalar o centenário da Revolução Farroupilha.

Em 2007, o Cruzeiro iniciou um novo projeto no futebol, coma valorização das categorias de base. Já no primeiro ano, o time chegou às semifinais do Estadual de Juniores, sendo Vice-Campeão Gaúcho desta mesma categoria no ano seguinte. Com a mesma base de jogadores, o Cruzeiro conqusitou o título de Campeão Gaúcho da Série B em 2010, garantindo o seu retorno à elite do futebol estadual. 

Desbravador da Europa

Equipe do Cruzeiro posa junto ao navio que levou a delegação a Europa
em novembro de 1953
Confirmando a sua fama de pioneiro, o Esporte Clube Cruzeiro foi o primeiro clube gaúcho a excursionar pela Europa, Ásia e Oriente Médio, abrindo o mercado internacional para os demais clubes do Rio Grande do Sul, entre os quais a dupla Gre-Nal.

Na primeira excursão, realizada de 24 de novembro de 1953 a 29 de janeiro de 1954 foram visitados seis países(Espanha, França, Itália, Suíça, Israel e Turquia). Foram disputadas 15 partidas, com sete vitórias estreladas, contra três derrotas e cinco empates.
Real Madrid 0x0 Cruzeiro
De 25 de março a junho de 1960, o Cruzeiro retornou à Europa e  Ásia para cumprir nova excursão. O treinador era Carlos Froner e a equipe estrelada visitou 11 países (Bulgária, Áustria, Iugoslávia, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Tchecolosváquia, Suécia, Dinamarca e Holanda). Nesta segunda excursão o Cruzeiro disputou 24 partidas, alcançando 11 vitórias, seis empates e sete derrotas.

Para que se tenha uma idéia do sucesso alcançado pelo Esporte  Clube Cruzeiro na segunda excursão realizada à Europa e à Ásia, basta que se reproduza parte da correspondência enviada pelos dirigentes do Randers FC, da Dinamarca à Diretoria do Esporte Clube Cruzeiro.

Em longa carta endereçada aos estrelados, os dirigentes do Randers, que havia sido derrotado pelo Cruzeiro por 2 x 0, afirmam que o guardam grandes recordações de sua estada lá. Elogiam a disciplina dos atletas e esperam que um dia o Cruzeiro retorne a sua terra.

Juntamente com a sua carta, o clube dinamarquês mandou uma flâmula, dois anéis (um de brilhante), avaliado na época em 50 cruzeiros (dinheiro brasileiro)... e mais dinheiro da Dinamarca. Mandaram também uma carteira para dinheiro.

E os dirigentes do Randers diziam ainda para o Cruzeiro:

“Nunca esqueceremos os senhores!” 

Pioneirismo:

Primeiro Clube Gaúcho a jogar na Europa;
Primeiro Clube Gaúcho a jogar na Ásia;
Primeiro Clube Gaúcho a conquistar título Intercontinental;
Primeiro Clube Gaúcho a ter categorias de base, em 1917;
Clube Fundador da Federação Gaúcha de Futebol em 1918;
Clube fundador das federações de Basquetebol, Voleibol e Futebol de Salão;
Primeiro Clube Gaúcho a vencer o Internacional em jogo oficial no Beira-Rio. Dia 01.05.1970, Cruzeiro 1 x 0 Inter, gol de Beto, em jogo válido pelo Campeonato Gaúcho de 1970;
Primeiro Clube Gaúcho a vencer o Grêmio na Arena. Dia 29/03/2013, Cruzeiro 2 x 1 Grêmio, gols de Jo e Reinaldo.  

Títulos:

Campeão Gaúcho em 1929;
Campeão Gaúcho da Série B em 2010;
Campeão Citadino de Porto Alegre em 1918, 1921 e 1929;
Campeão da Taça Cidade de Porto Alegre: 1943 e 1947 (Torneio envolvendo Grêmio, Inter e Cruzeiro em turno e returno) ;
Campeão do Campeonato Extra de Porto Alegre em 1943;
Campeão do Torneio Torneio Início de Porto Alegre em 1943, 1951 e 1962;
Campeão da Copa Taça Governador do Estado em 1970;
Campeão da Taça Cidade de Gravataí 250 Anos, em 2013;
Vice-Campeão Gaúcho de Juniores (Sub-20) em 2008;
Campeão do Torneio da Páscoa de Berlim, na Alemanha, em 1960 (primeiro título intercontinental do futebol gaúcho);
Campeão do Torneio Internacional de Mar del Plata, na Argentina, em 1961;
Bicampeão Gaúcho de futsal em 1958 e 1959;
Campeão Gaúcho da Série Prata de Futsal em 2011 (Cruzeiro/Afusca);
Campeão Gaúcho de Basquete 12 vezes (adulto masculino): 1945, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1956, 1968, 1970, 1972 e 1973;
Bicampeão Gaúcho de Vôlei (adulto masculino) em 1971 e 1972;
Campeão da Copa Gaúcho de Futebol Sete em 2011. Vice-Campeão Metropolitano de F7 2013;
Campeão da Taça Cidade de Pelotas 200 Anos de Futebol Feminino em 2012;

Curiosidades:

Seleção mexicana atuou duas vezes em Porto Alegre no Mundial de 1950. Comeu churrasco, e contra a Suíça usou a camisa do Cruzeiro-RS. 

Em 1950, ao se deixar colorir de azul e até se lambuzar com churrasco gaúcho,  a seleção mexicana deu a chance de um clube local fazer a sua própria história. Se faltam títulos e projeção nacional ao Cruzeiro, de Porto Alegre, lhe sobra orgulho. Afinal, embora com sotaque espanhol e sem ter conhecido vitória, já que perdeu o jogo para a Suíça pelo placar de 2 a 1, gravou seu nome na Copa do Mundo.

Na verdade, o fato não foi inédito. A França na Copa de 1978, usou camisa em listras verde e branca do clube argentino Kimberley em partida contra a Hungria.  Mas, com certeza, foi a primeira. Naquela tarde de domingo, um 2 de julho, de sol forte, porém de tempo gélido, o México usou o uniforme de listras verticais em azul e branco do Cruzeiro-RS, diante da Suíça, pela terceira e última rodada da fase de grupos, pela chave 1. Ambas as seleções desembarcaram em Porto Alegre já eliminadas e com camisetas vermelhas, quase grenás - naquela época, o tom preferido do México, hoje adepto do verde. O jeito, portanto, era improvisar.

A resolução foi rápida e costurada por antecipação, num encontro na noite de sábado, entre dirigentes das equipes e representantes da extinta CBD. Foi num sorteio, na boa e velha moedinha, que o México levou a sorte grande... e ficou com o direito de jogar com o seu manto encarnado. A história jamais esclareceu o motivo, mas o jornal "Correio do Povo" qualificou como um "gesto simpático" dos mexicanos o fato de ceder a vantagem e deixar a Suíça atuar com o seu uniforme, também vermelho, porém com uma vistosa cruz branca no lado esquerdo do peito.

Disposto a homenagear um clube local, o México optou pelas cores do Cruzeiro. Um dos motivos, além do óbvio e necessário contraste com o rival, estava na geografia. O estádio da Montanha, então casa do Estrelado no bairro Medianeira (hoje Cemitério Ecumênico João XXIII), ficava bem próximo ao Eucaliptos. Mais fácil, portanto, de buscar o material de jogo.

Outra possibilidade seria o Grêmio, que morava mais longe, no bairro Moinhos de Vento. Pior: costumava usar como rouparia o seu setor administrativo, localizado no efervescente e distante centro da cidade.

Ainda contribuiu para a escolha às vésperas do aniversário do Cruzeiro, que completaria 37 anos no dia 14 de julho. Na tarde do dia 1º, mexicanos e cruzeiristas já haviam estreitado laços. A delegação estrangeira havia sido convidada a visitar a Montanha e lá ouviram no rádio a vitória brasileira sobre a Iugoslávia, os outros rivais do grupo.

Um dia antes, mais festejos. Desta vez, com membros da direção do Inter, que ofereceram um legítimo churrasco gaúcho aos companheiros de continente, regado a risadas e brindes, nas dependências do Eucaliptos.

Toda essa simpatia mexicana encontrava reflexo na torcida gaúcha. O México foi a única seleção a jogar duas vezes em Porto Alegre. Mesmo goleada pela Iugoslávia por 4 a 1, recebeu a preferência do público na quarta-feira de 28 de junho. Era um dia de semana, em que a prefeitura autorizou meio expediente dada a importância do evento, que ocorreria às 15h. Um esquema bem-feito, refletido na boa renda de 320.410 cruzeiros.

Hino:

Orquestrado : Brigada Militar
Letra e Música: Túlio Piva

Salve glorioso Cruzeiro
Unidos no ardor e na fé
Cinqënta anos passaram
E o Cruzeiro Continua de pé
De pé
De bandeira na mão
Disciplina, unidade,
Eis o seu galardão.
Salve pavilhão estrelado
Tremulando ao vento
Seu glorioso passado

Mascote:

Escudo:

Uniformes:



Camisa comemorativa ao centenário em 2013
Equipes:
Equipe de 1964 - Em pé: Vonei, Dirceu, Beto, João Pontes,
Jorge Andrade e Volmar; Agachado: Canavieira, Pitinin, Kriger, Wilson e Gitinha
 
Equipe de 1969 - Em pé: Jarbas, Zico, Cláudio Danni,
Heraldo, Silveira e Renato; Agachados: Arlem, Joãozinho,
Didi, Pio e Vieira
Equipe campeã da Copa do Governador 1970


Equipe de 1971 - Em pé: Arceu, Miguel, Renato Cogo, Wilsno, Pitico
 e Ortunho; Agachados: Arlém, Garcia, Arnaldo, Pio e Laoni Luz.
O técnico era Sérgio Helmuth Closs, o Ceará. Este time terminou
o Gauchão de 71 na quarta posição. conquistando grande vitória
 por  1 a 0 diante do poderoso Grêmio no dia 4 de junho em pleno
Estádio Olímpico. Garcia foi  o autor do gol.
Estádios:
Estádio da Montanha (Colina Melancólica) - Desativado em 1970
 dando lugar a um cemitério
Nome: Estádio da Montanha
Local: Porto Alegre/RS
Capacidade: 20000 pessoas
Inauguração: 16/03/1941 - Cruzeiro-POA 1 x 0 São Paulo
Primeiro Gol: Gervásio, do Cruzeiro
Recorde de Público - 20000 pessoas no jogo de inauguração
Desativação: 1970
Estádio Estrelão
Nome: Estádio Estrelão
Local: Porto Alegre/RS
Capacidade: 5000 pessoas
Inauguração: 3/04/1977, no jogo Cruzeiro 0 x 0 Pelotas
Obs: O estádio tem o nome Estrelão em uma referência ao apelido do clube (Estrelado) que se origina do fato de Cruzeiro ser uma alusão à constelação do Cruzeiro do Sul.


Fontes:                             

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